Por Filipe Carbone | 08 de novembro de 2024 Fonte: Gamearena

Um dos grandes nomes do Counter-Strike brasileiro, Gabriel “FalleN” Toledo destacou a necessidade de uma reforma tributária no setor de games e periféricos no Brasil. Ele expôs as dificuldades que empresários e consumidores enfrentam no país devido aos altos impostos.

Durante uma transmissão ao vivo na última terça-feira (5), FalleN abordou a diferença nos custos de periféricos entre o Brasil e o exterior, afirmando que o sistema tributário nacional sobrecarrega os brasileiros.

A FalleN Store oferece uma variedade de produtos como headsets, mouses, teclados e uniformes, já se estabeleceu como uma referência para jogadores casuais e profissionais. No entanto, segundo o jogador, os impostos pesados tornam difícil oferecer preços competitivos.

“A gente gasta mais em impostos do que tem de lucro quando vendemos um mouse. “Quanto mais caro é o produto, mais alto é o imposto”, disse FalleN sobre as taxações que recebe junto à loja.

FalleN deu o exemplo de um monitor adquirido em Malta por 900 euros (cerca de R$ 5 mil), que teria um custo muito superior se fosse vendido no Brasil. Ele apontou que, além do custo de fabricação, o produto teria uma taxa de 80% na alfândega e mais 18% de ICMS no preço final.

Segundo ele, esse cenário é comum para produtos importados, que sofrem uma elevação no preço ao passarem por todas as etapas de tributação até chegarem ao consumidor final brasileiro.

A situação, de acordo com FalleN, também afeta setores como o de confecção de uniformes. Ele explicou que muitas empresas do setor têxtil enfrentam dificuldades para competir com produtos importados, frequentemente mais baratos.

“Se você não tarifa, em uma área como a têxtil, teria um efeito muito complicado na economia porque tem muitos empregos sendo gerados”, disse ele, ressaltando o impacto econômico e social que a tributação elevada gera no Brasil.

Para FalleN, a reforma tributária é um tema complexo, mas necessário para tornar o mercado nacional mais acessível e competitivo. Ele acredita que, ao reduzir as barreiras tributárias, o Brasil pode facilitar o acesso dos consumidores aos produtos e fomentar o crescimento de empresas locais.