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A paiN Gaming foi coroada a campeã do segundo split do CBLOL 2024, no Ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). Para quem acompanha o cenário há algum tempo… bem sabe que não é só mais um título ou mais uma grande final do torneio mais importante de LoL (League of Legends) em solo brasileiro. Existem diversos fatores envolvendo a última disputa entre paiN Gaming e Vivo Keyd Stars.
Neste sábado (06), a torcida fez seu papel de forma magistral. A CBLOL, que são os apaixonados pela competição na modalidade, sempre dão um show e emocionam jogadores profissionais, staff, jornalistas, produção e até mesmo quem apresenta o torneio, como já vimos anteriormente.
Quando a Riot Games anunciou as novidades para a temporada de 2025, pegou literalmente todo mundo de surpresa. Os números do campeonato sobem cada vez mais, os brasileiros se destacam ao ser a torcida mais apaixonada e engajada de todo o ecossistema competitivo. Por quê?
A maior parte da comunidade interpretou as mudança de forma negativa. Alguns culparam a audiência da LCS, outros justificaram que o Brasil nunca fez seu nome internacionalmente no LoL e todo o cenário questionou se está seria o último CBLOL que iríamos vivenciar. Eu, Siouxsie Rigueiras, apesar de ser jornalista e ter o papel de informar, também tive um mix de sentimentos. Senti medo pelos profissionais que trabalham com isso, senti medo por mim e no fim do dia do anúncio de que tudo ia mudar, eu chorei baixinho na frente do computador. Eu comecei a trabalhar com jornalismo em 2012 e, em 2015, fui no primeiro CBLOL da minha vida, no Allianz Park. Eu jogava LoL há pouco tempo, mas já estava com um amor inexplicável pelo jogo, pela competição e pelos memes da cenário, mas foi em 2016, que dei meus primeiros passos nos esports graças a existência do CBLOL.
Eu vivi em função do torneio e do jogo no últimos nove anos da minha vida: quando não estava jogando, estava escrevendo sobre o jogo. Sei que não vi exatamente quando tudo era mato, mas eu peguei o início de quando as coisas começaram a ficar maiores e mais profissionais.
Acompanhei diversas fases de grupos, fiz cobertura de grandes finais, entrevistei pro players, staff e outros profissionais do meio em vitórias e em derrotas. Gastei os finais de semana dos quase últimos dez anos sem ver meus amigos e sem ver minha família por causa do CBLOL, em prol da cobertura e da vivência do torneio e, realmente, vem uma sensação que é o fim de uma era em que nós não tivemos sucesso internacionalmente, mas que tivemos muito carinho e disputas incríveis para contar. A verdade é que eu fiquei cerca de uma semana chorando, aos poucos. Todos os dias colocava pra fora o que eu nem entendia o que estava sentindo. Mas é isso, nem todo game dá para dar surrender.
Sem entender direito como as coisas iriam funcionar no próximo ano, apenas tendo ciência que quatro, das 10 equipes do torneio, ficam de fora do Tier I, a reação geral da comunidade foi: o CBLOL acabou?
O termo “O CBLOL acabou?” rapidamente tomou conta do X (antigo Twitter) e, em uma época que o brasileinho ainda podia utilizar a rede social, o questionamento virou trending topics. Além disso, o próprio Trends, ferramenta de buscas realizadas no Google, também apontou que ocorreu um aumento considerável nas pesquisas dos usuários sobre o tema.
As pessoas realmente estavam preocupadas e com medo com o que poderia acontecer na próxima temporada, tornando 2025 um ano de incertezas, para a comunidade e para os times também em algum momento. O negócio é deixar o medo de lado. Tudo que é novo assusta, de fato.
Tá…o CBLOL 2024 acabou, e agora? O que podemos fazer já que não sabemos exatamente o que vai acontecer em 2025? O que nos resta é lembrar dos momentos bons que o torneio nos proporcionou nestes mais de 10 anos de partidas, de encontros, de paixões, de títulos e de histórias inesquecíveis, seja do próprio competitivo ou das pessoas que marcaram o cenário para sempre.
Nós temos jogadores profissionais que já não jogam mais, mas se descobriram pessoas que sabem fazer outros trabalhos que conseguem agregar valor para o nosso querido CBLOL e para a nossa apaixonada comunidade de fãs que é diff.
Que a gente não se esqueça do TP do LEP, do backdoor do Mylon de Shen, do brTT sendo campeão no Rio de Janeiro vestindo a camisa do Flamengo, do Kalec jogando de Tristana, do tetracampeonato da LOUD, do primeiro CBLOL que foi na BGS (Brasil Game Show), de quando o Melão ainda trabalhava com LoL, quando Baiano era pro player e muitas outras lembranças que só quem é brasileiro e apaixonado pelo CBLOL vai entender. Não sabemos direito o que vai acontecer, mas é importante ter memórias da nossa história, ter orgulho e seguir (jogando ranked com o Yasuo 0/11 do meu time). Tilta não, já já tem mais.